Gosto da minha cidade. De observar a diversidade, e da
quebra de preconceitos que isso me proporciona.
Observo rostos apáticos enquanto passeio nos horários de
pico e sinto medo. Todo mundo precisa
fazer faculdade, comprar carro, ter um trabalho que proporcione renda fixa
invejável, formar família, e continuar visivelmente insatisfeito.
Sinto-me oprimida
desde que fiz quinze anos e minha mãe me levou para ver uma mulher que arrancou
brutalmente alguns dos pêlos da minha sobrancelha... Sangrou, doeu pra caralho e desde
então me submeto a isso e coisas similares com certa frequência, não para me
sentir bem comigo mesma, mas por ser indiretamente cobrada por isso.
- Competitividade é essencial para quem luta pelos seus
sonhos.
- Monogamia é questão
de caráter e qualquer um que tenha desejos diferentes não merece respeito.
- Consumir
inconscientemente é simplesmente o que merecemos fazer depois de trabalharmos
tanto.
Engulo a seco princípios sem sentido algum.
Hoje é só mais um dia qualquer.
Dia de me desesperar e não saber o que fazer.
De me faltar coragem.
De me ofender facilmente com o humor convencional.
De ver gente tendo muito e sendo nada.
E é por essas e por outras que posso afirmar:
Consciência não se adéqua ao anseio de ser feliz.